Thursday, February 08, 2007

TRANSGENIC POPCORN ??...GREENPEACE??

Etanol une Brasil e EUA em parceria estratégica

Brasil, Estados Unidos, UE, China, Índia e África do Sul participam, no final de Fevereiro, num fórum internacional sobre etanol (nome científico do alcool ordinário), anunciou o Itamaraty. O anúncio surge no âmbito da visita a Brasília do subsecretário de Estado norte-americano para Assuntos Políticos, embora não estejam ainda definidos a data exacta e o local da reunião entre esses países produtores e consumidores de etanol, combustível que reduz a emissão de gases que causam o efeito estufa em 12% em relação ao uso actual da gasolina.
Brasil e Estados Unidos, responsáveis por 70% da produção mundial de etanol, estão a construir uma parceria estratégica nesta área que visa ampliar o mercado global para esse álcool combustível e reduzir, assim, a dependência do petróleo.
«Esperamos um acordo promissor com o Brasil na área de biocombustíveis. Temos no Brasil um grande amigo e parceiro», afirmou hoje aos jornalistas o subsecretário de Estado norte-americano Nicholas Burns, após uma reunião com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, o Brasil e os Estados Unidos da América pretendem estabelecer ainda este ano um padrão mundial para o etanol, que passa por definições como grau de pureza, contaminação, resíduos sólidos e outros itens.
Este é o primeiro passo para transformar o etanol em artigo a ser negociado por meio de contratos futuros nas bolsas de mercadorias.
A procura de etanol no mercado internacional vai intensificar- se com a evolução da frota de automóveis que utilizam o combustível misturado com a gasolina, e a ideia é já criar um núcleo de países produtores e/ou consumidores para transformar o etanol em «commodity» (mercadoria).
O governo brasileiro interpreta que a padronização do etanol com os EUA é um facilitador para o mercado internacional, assim como a padronização sobre o biodiesel com os europeus seria uma grande vantagem, já que são os dois mercados utilizadores potenciais.
Burns escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre as barreiras comerciais que impedem o aumento das exportações para os Estados Unidos do etanol brasileiro, obtido à base de cana-de-açúcar.
Nos Estados Unidos, o etanol é feito a partir do milho e os produtores recebem generosos subsídios do governo norte-americano.
Dados de 2004 referem que o Brasil foi responsável por 36% da produção mundial de etanol, enquanto os Estados Unidos ficaram com 33%.
Para além do etanol, Burns e Amorim analisaram as situações na América Latina, nomeadamente no Haiti e Venezuela, e no Oriente Médio, incluindo a guerra no Iraque e os avanços do Irão na área nuclear.
Questionado se o Brasil poderia funcionar como mediador entre os Estados Unidos e a Venezuela, o ministro Celso Amorim disse que «não há necessidade de que o Brasil queira arvorar-se em mediador, porque há formas de diálogo entre os dois países».
«A conversa com Burns concentrou-se mais no interesse que os Estados Unidos têm numa relação forte com Brasil do ponto de vista global, não apenas regional, e na cooperação na área do etanol», assinalou Amorim.
Os Estados Unidos têm uma relação conflituosa com a Venezuela desde a tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez, em 2002, mas o país é o quarto maior fornecedor de petróleo para o mercado norte-americano.
Burns deslocou-se ao Brasil com outro importante funcionário do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon, responsável pela América Latina.
Os dois norte-americanos estiveram na terça-feira em São Paulo e seguem para a Argentina, após a visita a Brasília, regressando aos Estados Unidos na sexta-feira.
Diário Digital / Lusa

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